Sons da Montanha - Arquivo Sonoro
"S. Martinho de Anta, 20 de Setembro de 1979 – Acabou-se o bucolismo. A volatina gratuita com que no passado um melro vadio me acordava ao amanhecer foi substituída pelo ruído útil de uma moto-serra. A técnica chegou também aqui. A lenha para o inverno, que morosos carros de bois traziam, a chiar, das matas, e machados serviçais rachavam em cadência, é transportada agora por apressados e roufenhos tractores e feita em cavacos mecanicamente.
É um progresso. Mas eu é que não consigo honrá-lo num verso."
Miguel Torga, Diário XIII
Esta entrada de Miguel Torga, presente no Diário XIII, serve de mote e força inspiradora para o trabalho que agora se apresenta: o Arquivo Sonoro de S. Martinho de Anta e de outros lugares percorridos por Torga.
Aquilo a que nos propusemos foi gravar para memória futura o bucolismo que ainda existe e persiste em S. Martinho de Anta, mas igualmente os sons do presente, do quotidiano da aldeia, matéria identitária do lugar sonoro S. Martinho de Anta.
O som faz parte da identidade dos lugares e confere-lhes, igualmente, identidade. O som faz parte do património imaterial da aldeia, do seu património sensitivo.
"Tem lêndeas… Tem lêndeas… Tem lêndeas…" Há mais de 80 anos que não se ouvia o toque da sineta da antiga escola primária de São Martinho de Anta. Através da arte dos sons, podemos resgatar à memória essa dinâmica acústica de outrora e trazê-la para o presente, contextualizando-a no aqui e agora, a partir de "A Criação do Mundo", de Miguel Torga.
Este é somente um exemplo do que podemos perceber através da existência sonora de determinado lugar, um lugar sonoro, um lugar que se constrói também a partir dos sons existentes, a partir dos sons que o habitam. É esta força, tal qual a força literária de Torga, que pretendemos trazer para este espaço - de estudo, de pesquisa, de pertença - este Espaço Miguel Torga, onde, conjuntamente com todo o espólio aqui presente, podemos escutar o mundo de Torga, ora subindo à montanha para ouvir o murmúrio incessante do vento, ora descendo ao vale à procura da água fértil, de bichos ou de histórias sobre tempos passados, contadas por homens e mulheres de mãos calejadas pelo tempo, esse vento que passa.
Foi "A Criação do Mundo", principalmente "O Primeiro Dia", a inspiração maior para este trabalho artístico de arquivo e documentação sonora de São Martinho de Anta e território em redor. Procurámos, acima de tudo, através de uma leitura atenta mas ao mesmo tempo prazenteira, as sonoridades que as palavras vertidas nesta obra seminal nos suscitam: a sineta da escola; o Largo do Eirô; a oficina do cesteiro; o ferrador; a tradição da Páscoa; os animais; a vida rural; o património arqueológico; o exemplo cívico, através de depoimentos de alguns habitantes da aldeia; a natureza; etc.
Fica assim registado, através deste projecto único e original, algumas das paisagens e marcos sonoros deste território. Esperamos que através dele os habitantes destes lugares se possam rever, se possam ouvir e que seja igualmente um espaço também profícuo para a (re)leitura da obra de Miguel Torga.
Um muito obrigado à Câmara Municipal de Sabrosa por ter acreditado neste projecto e ao Espaço Miguel Torga, na pessoa do Dr. João Sequeira, por todo o apoio prestado para a sua realização.
Luís Antero
janeiro e maio de 2017
É um progresso. Mas eu é que não consigo honrá-lo num verso."
Miguel Torga, Diário XIII
Esta entrada de Miguel Torga, presente no Diário XIII, serve de mote e força inspiradora para o trabalho que agora se apresenta: o Arquivo Sonoro de S. Martinho de Anta e de outros lugares percorridos por Torga.
Aquilo a que nos propusemos foi gravar para memória futura o bucolismo que ainda existe e persiste em S. Martinho de Anta, mas igualmente os sons do presente, do quotidiano da aldeia, matéria identitária do lugar sonoro S. Martinho de Anta.
O som faz parte da identidade dos lugares e confere-lhes, igualmente, identidade. O som faz parte do património imaterial da aldeia, do seu património sensitivo.
"Tem lêndeas… Tem lêndeas… Tem lêndeas…" Há mais de 80 anos que não se ouvia o toque da sineta da antiga escola primária de São Martinho de Anta. Através da arte dos sons, podemos resgatar à memória essa dinâmica acústica de outrora e trazê-la para o presente, contextualizando-a no aqui e agora, a partir de "A Criação do Mundo", de Miguel Torga.
Este é somente um exemplo do que podemos perceber através da existência sonora de determinado lugar, um lugar sonoro, um lugar que se constrói também a partir dos sons existentes, a partir dos sons que o habitam. É esta força, tal qual a força literária de Torga, que pretendemos trazer para este espaço - de estudo, de pesquisa, de pertença - este Espaço Miguel Torga, onde, conjuntamente com todo o espólio aqui presente, podemos escutar o mundo de Torga, ora subindo à montanha para ouvir o murmúrio incessante do vento, ora descendo ao vale à procura da água fértil, de bichos ou de histórias sobre tempos passados, contadas por homens e mulheres de mãos calejadas pelo tempo, esse vento que passa.
Foi "A Criação do Mundo", principalmente "O Primeiro Dia", a inspiração maior para este trabalho artístico de arquivo e documentação sonora de São Martinho de Anta e território em redor. Procurámos, acima de tudo, através de uma leitura atenta mas ao mesmo tempo prazenteira, as sonoridades que as palavras vertidas nesta obra seminal nos suscitam: a sineta da escola; o Largo do Eirô; a oficina do cesteiro; o ferrador; a tradição da Páscoa; os animais; a vida rural; o património arqueológico; o exemplo cívico, através de depoimentos de alguns habitantes da aldeia; a natureza; etc.
Fica assim registado, através deste projecto único e original, algumas das paisagens e marcos sonoros deste território. Esperamos que através dele os habitantes destes lugares se possam rever, se possam ouvir e que seja igualmente um espaço também profícuo para a (re)leitura da obra de Miguel Torga.
Um muito obrigado à Câmara Municipal de Sabrosa por ter acreditado neste projecto e ao Espaço Miguel Torga, na pessoa do Dr. João Sequeira, por todo o apoio prestado para a sua realização.
Luís Antero
janeiro e maio de 2017
GUIA DE ESCUTA
01. SRA. DA AZINHEIRA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (03:15) Que sons se escondem num tubo de água na Senhora da Azinheira?
02. SRA. DA AZINHEIRA 2 (SÃO MARTINHO DE ANTA) (03:47) Alguns populares de São Martinho de Anta sobem à Senhora da Azinheira para lavar o automóvel.
03. MEMÓRIAS (SR. JOSÉ ‘DA GARGANTA’) (GARGANTA) (11:16) Na orla da aldeia de Garganta, o Sr. José discorre sobre tempos antigos e práticas quotidianas da sua aldeia.
04. FERRO NA TERRA (GARGANTA) (03:11) Um homem, um ferro, a terra, o som.
05. ÁGUA DA GARGANTA (08:59) A paisagem fluvial de Garganta. A água que fala.
06. EM LUDARES (ALEXANDRA BORGES) (LUDARES) (08:25) Memórias sobre o uso dos palheiros e sobre a prática das malhadas em Ludares.
07. SOBRE A VESEIRA (ALEXANDRA BORGES) (LUDARES) (05:26) Memórias sobre a prática comunitária da veseira em Ludares.
08. MATRAQUILHOS DE LUDARES (02:17) Paisagem sonora no restaurante “O Mocho”.
09. SOBRE AS MALHADAS (ALEXANDRA BORGES) (LUDARES) (02:04) O título diz tudo.
10. NO TANQUE DE LUDARES (03:50) A água do tanque no centro da aldeia e o toque do sino da capela.
11. ÁGUA DE LUDARES (03:08) Paisagem sonora com água. Identidade sonora da aldeia.
12. TRACTOR DE LUDARES (02:04) O título diz tudo.
13. ARGENTINA ALVES (LUDARES) (16:00) Memórias sobre o casamento e outras práticas quotidianas antigas de Ludares.
14. NO MOINHO (LUDARES) (06:41) Gravação no moinho eléctrico da Sra. Argentina Alves.
15. ÁGUA DE LUDARES 2 (05:28) Paisagem sonora com água. Identidade sonora da aldeia - parte 2.
16. CINCO HORAS NA CAPELA (LUDARES) (01:08) O bater das cinco da tarde na capela de Ludares.
17. NO LUGAR DAS CRUZES (LUDARES) (13:31) Sobre os palheiros e outras memórias, a partir do Lugar das Cruzes.
18. A PARTIR DA PENSÃO (SÃO MARTINHO DE ANTA) (10:00) Paisagem sonora matinal de São Martinho de Anta, a partir da Residencial Central.
19. LARGO DO EIRÔ (SÃO MARTINHO DE ANTA) (03:21) A paisagem sonora matinal do Largo do Eirô.
20. NA CASA 1 (SÃO MARTINHO DE ANTA) (02:44)
21. NA CASA 2 (SÃO MARTINHO DE ANTA) (04:11)
22. NA CASA 3 (SÃO MARTINHO DE ANTA) (03:08) Paisagem sonora na e a partir do exterior da casa de Miguel Torga.
23. PORTÃO DA ESCOLA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (03:16) O som produzido pelo velho portão da escola.
24. NO LAVADOURO (VILAR DE CELAS) (02:08) O som da água no lavadouro da aldeia.
25. SOBRE A ALDEIA (VILAR DE CELAS) (06:58) Memórias.
26. SOBRE MIGUEL TORGA (MÁRIO GONÇALVES) (16:35) A memória e a lembrança da convivência com Miguel Torga.
27. JOÃO ‘MARINHEIRO’ ROCHA E WILSON ‘FERRADOR’ FERREIRA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (23:39) Histórias de vida, junto à fonte, no Largo do Eirô.
28. DE ‘VADIÁRIO’ A CASADO (JOÃO ‘MARINHEIRO’ ROCHA) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (09:57) A história de vida do João ‘Marinheiro’.
29. HISTÓRIA DE VIDA E ORAÇÕES POPULARES (SRA. PALMIRA) (VILAR DE CELAS) (32:10) O título diz tudo.
30. SOBRE MIGUEL TORGA (LUÍS GONÇALVES) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (15:05) A memória e a lembrança da convivência com Miguel Torga.
31. SOBRE A ESPOSA DE MIGUEL TORGA (LUÍS GONÇALVES) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (02:13) O titulo diz tudo.
32. TORNO (SÃO MARTINHO DE ANTA) (00:42) O som de um torno manual, em casa de Luís Gonçalves.
33 e 34. “TEM LÊNDEAS… TEM LÊNDEAS.. TEM LÊNDEAS” (SÃO MARTINHO DE ANTA) (02:11) Assim começa O Primeiro Dia d’A Criação do Mundo, de Miguel Torga. Há mais de 80 anos que não se ouvia a sineta da escola de São Martinho de Anta.
35. CONVERSA COM LUÍS GONÇALVES NA ESCOLA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (14:22) Memórias sobre os tempos de criança, enquanto aluno na escola primária de São Martinho de Anta.
36. NA OFICINA DO CESTEIRO (MANUEL TEIXEIRA) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (10:29) Conversa com o Sr. Manuel Teixeira, o último cesteiro de São Martinho de Anta.
37. PELA MADEIRA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (01:10) Passos na madeira. Identidade sonora.
38. FERRAR A BURRA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (21:11) Os sons da operação manual de ferrar o animal, na loja do último ferrador de São Martinho de Anta. Tradição ancestral da aldeia.
39. O ÚLTIMO FERRADOR (SÃO MARTINHO DE ANTA) (06:48) Conversa com o Sr. Adelino Real, acerca do ofício de ferrador.
40. O PINTA NAVIOS (SÃO MARTINHO DE ANTA) (04:21) Curiosidades de uma ida a Coimbra Visitar Miguel Torga.
41. SOBRE MIGUEL TORGA (ALTINO AMARANTE) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (08:21) A memória e a lembrança da convivência com Miguel Torga.
42. SOBRE OS PAIS DE MIGUEL TORGA E A COMIDA RACIONADA (ALTINO AMARANTE) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (11:07) Memórias sentidas sobre tempos difíceis.
43. SOBRE A ESTADA NO BRASIL (ALTINO AMARANTE) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (04:18) Memórias sentidas sobre tempos difíceis - parte 2
44. O TELEFONE (SÃO MARTINHO DE ANTA) (00:25) O som do velho telefone no antigo Posto Público de São Martinho de Anta.
45. ESTRADA PARA ROALDE (02:05)
46. ESTRADA PARA ROALDE 2 (01:10) A paisagem sonora florestal junto à estrada para Roalde.
47. SOBRE OS MOINHOS (SR. JOSÉ E SRA. MARIA) (QUEDA) (15:00) Conversa com um simpático e idoso casal sobre o tempo em que a aldeia de Queda tinha dezenas de moinhos em funcionamento.
48. QUEDA, UMA PAISAGEM SONORA (06:02) Água e aves, alguma da identidade sonora da aldeia de Queda.
49. ESPERSOR DE ÁGUA E CÃES (QUEDA) (04:37)
50. FUGA DE ÁGUA (QUEDA) (02:34) Água, a partir de diferentes fontes sonoras.
51. BICHOS (QUEDA) (05:56) Bichos Sonoros.
52. MOTOR DE ÁGUA (QUEDA) (04:02) Equipamento necessário para as lides agrícolas diárias.
53. RIBEIRA DO CORVA (ANTA) (05:11)
54. RIBEIRA DO CORVA (ANTA) II (05:28)
55. RIBEIRA DO CORVA (ANTA) III (03:28) Paisagem sonora fluvial.
56. AVES E GRILOS (ANTA) (03:26) Natureza acústica da aldeia de Anta.
57. NO CAMINHO (ANTA) (04:55)
58. NO CAMINHO II (ANTA) (05:50) Aves, insectos, cães, tráfego. Identidade acústica da aldeia.
59. VILLA CONDOR (09:04) A paisagem sonora ao redor da Villa Condor, lugar de passagem na infância de Miguel Torga.
60. VILAR DE CELAS (02:17)
61. VACA (VILAR DE CELAS) (04:41)
62. VACA E AVES (VILAR DE CELAS) (01:59) Os animais na paisagem. O som na paisagem.
63. AS ORAÇÕES DA D. PALMIRA (VILAR DE CELAS) (32:14) O que não se ouve na igreja.
64. JUNTO AO LAVADOURO (ROALDE) (04:48)
65. NO LAVADOURO (ROALDE) (04:17)
66. NA BARRAGEM (ROALDE) (06:34)
67. NA BARRAGEM II (ROALDE) (03:10) Paisagem sonora fluvial de Roalde. Água, aves, vento…
68. NA ESTRADA (MAMOA DAS MADORRAS) (02:05) A paisagem sonora ao redor da Mamoa das Madorras.
69. SOBRE OS SONS DA MONTANHA (JOÃO SEQUEIRA) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (02:51) O porquê deste projecto artístico único de arquivo e documentação sonora, nas palavras do director do Espaço Miguel Torga.
70. CONVERSA COM JOÃO SEQUEIRA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (15:03)
71. CONVERSA COM IDALINA CORREIA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (09:52) Conversas em torno da vida, da obra e da pessoa Miguel Torga.
72. 9 HORAS NO RELÓGIO DA IGREJA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (01:00)
73. 9 HORAS NO RELÓGIO DA IGREJA II (SÃO MARTINHO DE ANTA) (01:15)
74. DENTRO DA SACRISTIA PARA O INICIO DO COMPASSO (SÃO MARTINHO DE ANTA) (04:50) Património acústico religioso em Dia de Páscoa.
75. EM BUSCA DO COMPASSO E BOM DIA A QUEM PASSA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (04:22)
76. COMPASSO PASCAL (SÃO MARTINHO DE ANTA) (25:07) Tradição. Compasso Pascal.
77. SINO (SÃO MARTINHO DE ANTA) (00:53)
78. ENTRADA PARA A MISSA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (00:58)
79. ENTRADA PARA A MISSA (SÃO MARTINHO DE ANTA) (07:45)
80. NA IGREJA (À ESPERA DO SR. PADRE) (SÃO MARTINHO DE ANTA) (21:14)
81. CÂNTICOS NA MISSA E AVES NO EXTERIOR (SÃO MARTINHO DE ANTA) (01:27) Património acústico religioso em Dia de Páscoa - parte 2.
82. FORMIGAS NA MAMOA DAS MADORRAS (VILAR DE CELAS) (02:42) A que soam as formigas?
83. MAMOA DAS MADORRAS (PAISAGEM SONORA) (05:00)
84. VENTO NA MAMOA DAS MADORRAS (VILAR DE CELAS) (03:01) Paisagem sonora ao redor da Mamoa das Madorras.
85. DEPÓSITO DE ÁGUA (MAMOA DAS MADORRAS) (VILAR DE CELAS) (01:38) O som da água a partir do depósito.
86. NECRÓPOLE DAS TOUÇAS (VILAR DE CELAS) (03:14)
87. NECRÓPOLE DAS TOUÇAS II (VILAR DE CELAS) (02:59)
88. NECRÓPOLE DAS TOUÇAS III (VILAR DE CELAS) (01:57) Paisagem sonora no sítio da Necrópole das Touças.
89. SÃO MARTINHO EM SÃO MARTINHO DE ANTA A comemoração do São Martinho na aldeia. Os bois trazem a pipa do vinho da adega para o Largo do Eirô, onde será depositada e ali permanecerá até ao outro dia de manhã.
90. FÊVERAS, VINHO NOVO E QUADRAS SOLTAS (SÃO MARTINHO DE ANTA) Fêveras na brasa, sardinha assada, o vinho da pipa, quadras soltas, populares e improvisadas… assim é o São Martinho em São Martinho de Anta, logo pela manhã do dia 11 de novembro de 2017.
FICHA TÉCNICA
Titulo: Sons da Montanha | Arquivo Sonoro de S. Martinho de Anta (a partir de Miguel Torga)
Autor: Luís Antero
Coordenação: João Sequeira
Fotografia: Isaac Rolo Gonçalves e Luís Antero
Design gráfico: Câmara Municipal de Sabrosa
Produção: Câmara Municipal de Sabrosa
(c) 2017
(cc) 2018